Tinha apenas quatro anos quando o Papa Paulo VI aboliu o Index Librorum Prohibitorum, pondo fim a quase 400 anos de existência.
O Index Librorum Prohibitorum era uma lista de autores e publicações consideradas heréticas, ou contrárias à moralidade ou aos ensinamentos pautados pela fé cristã, gerida e mantida pela Congregação Secreta do Index, a mais antiga das nove congregações da Curia Romana.
O objectivo desta lista era identificar, restringir o acesso e proteger a fé e a moral dos fiéis, negando a leitura de obras, pensamentos e ideias, consideradas disruptivas e atentados teológicos, culturais, sociais e políticos.
Há oito anos, cedendo aos incessantes pedidos da Pave the Way Foundation, o Vaticano concedeu o acesso a mais de 5.000 documentos relacionados com a Segunda Guerra Mundial, nomeadamente cartas que pediam a colaboração e a absoluta descrição do Papa Pio XII para manter segredo sobre a terrível maldição de Ophelia, considerada por vários autores restritos pelo Index, como a “Fúria Divina” ou a “Gadanha do Juízo Final”.
Uma dessas cartas, assinada pelo próprio Heinrich Himmler, pedia ao reverendíssimo padre que facilitasse o envio e a recolha “apropriada” de uma “caixa especial” para um local discreto, sugerindo Lisboa, evitando as “ratlines”, ou linhas de ratos, rotas de fuga dos oficiais nazis para a América do Sul.
E, através da recente descodificação de uma mensagem secreta, acreditamos que teremos novidades em breve: CODEBREAKERS – “Operação Ophelia”